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Laticínios ricos em gordura são bons para o metabolismo, diz estudo

Alguns alimentos e substâncias são figurinhas fáceis na nossa lista de vilões, como é o caso do adoçante, do chocolate e da carne vermelha. Mas, volta e meia, eles recebem a redenção dos nutricionistas e pesquisadores da área da saúde e, para a nossa sorte, ganham o selo de aprovação para integrarem a nossa dieta.

Desta vez, foram os alimentos derivados do leite, ricos em cálcio e minerais, que receberam destaque por terem um novo “superpoder”: o de reduzir o risco de incidência da obesidade e do diabetes tipo 2. Dois estudos divulgados recentemente mostram que o consumo elevado de laticínios com alto teor de gordura – iogurte, queijo, creme de leite e manteiga – está associado à prevenção de doenças metabólicas.

É isso mesmo, o diferencial está na gordura. Segundo a pesquisadora Ulrika Ericson, do Centro de Diabetes da Universidade de Lund, na Suécia, os resultados do estudo não apontaram uma relação direta entre a ingestão de laticínios com baixo teor de gordura e o risco de desenvolver diabetes tipo 2. “O risco diminui quando há o consumo de produtos lácteos com alto índice de gordura, mas não daqueles com baixo teor de gordura, o que indica que a gordura do leite, pelo menos em parte, pode explicar suas propriedades protetoras”, explica.

Mas não vai sair por aí comendo toda a gordura que você vir pela frente, ok? A pesquisa, que procurou identificar os efeitos da ingestão de laticínios no metabolismo de uma população saudável, verificou que os mesmos resultados não se aplicam quando há o consumo de carne, por exemplo, apesar da presença da gordura animal.

E para alegria dos aficionados por queijo, iogurte e manteiga, a notícia é ainda melhor. A recomendação dos nutricionistas prevê o consumo diário mínimo de duas a quatro porções desse tipo de alimento, mas os estudiosos comprovaram que pessoas que consomem por volta de oito ou mais porções por dia apresentam 23% menos risco de desenvolver as doenças.

Um outro estudo conduzido por pesquisadores do Centro Hospitalar Universitário do Québec e da Universidade Laval, no Canadá, a partir do monitoramento dos hábitos alimentícios de franco-canadenses, descobriu que a presença do ácido transpalmitoleico no leite contribui para a baixa da pressão arterial, tanto em homens quanto em mulheres, e para a redução de peso, nos homens.

Fonte: GNT

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